Power Ranking Série Diamante 2022

By Matheus Ornellas - 10:26

Indians perdeu os dois jogos, mas mostra potencial para mais. Créditos: Yan Barros.

Após dois anos paralisada por conta da pandemia, a SPFL voltou a todo vapor neste ano. Sua principal divisão, a série Diamante, conta com 12 equipes na edição de 2022. Além de lutar pelos playoffs e pelo título, a divisão terá pela primeira vez o rebaixamento das duas piores equipes para a série Ouro.

As doze equipes estão divididas em dois grupos. No grupo A temos: Rio Preto Weilers, Scelta Guardians, Spartans Football, Leme Lizards, Santos Tsunami e Ocelots. Já o grupo B conta com: São Paulo Storm, Corinthians Steamrollers, Moura Lacerda Dragons, Guarani Indians, São José Jets e Guarulhos Rhynos. 

Abaixo vocês conferem o power ranking do que vi das equipes até agora. A cada rodada, teremos atualizações a partir dos resultados e desempenho dos times.

12 - São Paulo Storm (0-2)

Que a tempestade passava por uma reformulação e que isso seria acompanhado de derrotas era algo esperado. E nem mesmo trazer nomes veteranos e conhecidos no Storm para a comissão foi o suficiente para dar a chacoalhada que o time precisa.

A defesa de certa forma vem fazendo um trabalho regular e não comete muitos erros. Se o ataque melhorar, a equipe pode ser mais competitiva pode ser um  nos três jogos restantes. Porém esse "se" paira no ar. 

Pela primeira vez em anos, o ataque não tem tantas referências ou jogadores explosivos que podem resolver tudo em um jogada. O QB Gustavo está sofrendo dores de crescimento e, aos poucos, devemos ver a melhora do jovem jogador. A falta do jogo corrido, que sempre foi a marca da tempestade paulista, também não ajuda em nada para a melhora do ataque como um todo. Restam três jogos para o Storm e o time precisa vencer ao menos um se quiser ficar na primeira divisão.

11 - Santos Tsunami (0-1)

Entra ano e sai ano e o Santos parece o mesmo dos dois lados da bola. O time só teve um jogo nessa temporada, então existe muito espaço para melhora e mudanças, mesmo isso não sendo algo muito comum na equipe da baixada.

O front defensivo é sólido e mesmo com alguns vacilos, consegue manter um certo ritmo durante boa parte do jogo. A secundária mostrou buracos que foram explorados e que podem ser a chave para os adversários contra o Tsunami. No ataque, o Santos claramente tem uma proposta mas não sabe o que fazer com ela. O time precisa entender como quer correr com a bola e usar melhor seu jogo aéreo, tanto na execução, quanto nas chamadas.

10 - Guarani Indians (0-2)

O Indians teve duas pedreiras para abrir sua participação na Série Diamante e em ambas eu fiquei com o mesmo sentimento de que a equipe pode ir mais longe, tanto pelo ataque quanto pela defesa.

Elias é um modelo de QB que se encaixa bem no FABR, com um braço forte e potencial para correr com a bola quando necessário. Mas, o jogador precisa melhorar no aspecto de tomada de decisão e ter mais cuidado com alguns passes quando fica pressionado. Além disso, o jogo terrestre precisa ser mais constante e gerar mais preocupação nas defesas adversárias.

Pelo lado da defesa, tudo pode melhorar. Alguns nomes se destacam, mas o conjunto da obra precisa evoluir, principalmente tackleando. Isso pois o Indians usa um estilo de marcação de muita pressão individual e um erro pode custar (e já custou) caro. 

9 - Ocelots (0-2)

Das equipes que ainda não venceram, o time de Jundiaí parece ser o mais forte. Mas toda essa força e experiência não se traduziram em vitórias nas primeiras partidas, deixando a situação do Ocelots bem complicada. 

Eu dou muito crédito para a defesa que, em ambos os jogos, conseguiu forçar erros adversários e deixar o ataque em situações e cenários onde poderia vencer e buscar a reação em ambos os jogos. Porém, a unidade ofensiva não respondeu à altura ainda. Sinto que esse ataque ainda não se achou e, por mais que seja assumidamente um sistema montado para se correr mais com a bola, o jogo aéreo precisa de um pouco mais de ritmo, mesmo que para isso precise ser simplificado.

8 - São José Jets (1-0)

Uma vitória graças a grande atuação da defesa. Foram 7 turnovers forçados, sendo três deles retornados para touchdown. O ataque teve um jogo abaixo do que eu particularmente esperava e só conseguiu anotar pontos em um drive pontual com duas grandes corridas.

O próximo jogo será contra o Guarani e, em caso de vitória, o time de São José não só entra na briga por uma vaga nos playoffs, como afasta praticamente qualquer chance de ser rebaixado. Resta saber como esse ataque vai se portar, ainda mais sem seu QB titular.

7 - Leme Lizards (1-1)

O time de Leme poderia estar 2-0, se não fossem os erros do Kicker contra o Guardians. O ataque mostra um bom equilíbrio entre a corrida e o passe, além de contar com um QB que tem espaço para melhorar.

Esses pequenos erros ainda me deixam com um certo receio do Lizards, que ainda tem que encarar Weilers, Spartans e Ocelots. Para sonhar com uma vaga nos playoffs, o time precisa vencer, pelo menos, dois dos três jogos restantes. O potencial existe, mas até onde isso vai empurrar a equipe, é um mistério.

6 - Spartans Football (1-1)

Depois de uma derrota amarga contra o Guardians (inclusive o primeiro jogo onde KC saiu zerado no FABR), os espartanos conseguiram uma vitória importante contra o Ocelots, tanto pensando em playoffs quanto no moral da equipe.

Ter KC como QB trás mais do que um ótimo passador e corredor. O americano também consegue mascarar uma OL que ainda precisa dar o próximo passo para o ataque fluir melhor. Já a defesa, segue sendo a âncora desse time, principalmente com um front defensivo que não deixa os QBs confortáveis.

5 - Corinthians Steamrollers (1-1)

Foram dois clássicos para abrir a SPFL, contra Storm e Rhynos. Na estreia contra a tempestade, o Corinthians fez o suficiente para vencer. Já contra o time de Guarulhos, a defesa sofreu demais, principalmente por não conseguir gerar pressão para o QB adversário.

O ataque comandado por Matheus Torres tem muito potencial, principalmente pela velocidade de todos os WRs. Porém, o jogo terrestre, que foi o motor da unidade nos últimos anos, ainda precisa dar as caras, seja com a melhora da linha ofensiva ou com melhor desempenho individual de seus RBs. Contra o Dragons no próximo domingo (24), acho que teremos o termômetro ideal do que esperar do Steam na SPFL 2022.

4- Scelta Guardians (2-0)

O Guardians começou muito bem a SPFL, ao vencer o Spartans por 20 a 00 e mostrar para todos que Branco ainda é um RB muito perigoso. Porém, assim como no primeiro jogo, a vitória contra Leme veio em um festival de faltas do ataque do time de Barueri. Para um time que assumidamente vai correr boa parte do jogo, as faltas serão um fator decisivo em algum momento.

A defesa também sofreu mais no segundo jogo do que no primeiro, principalmente contra o jogo corrido. O QB de Leme, Gabriel, conseguiu trabalhar muito bem os passes curtos e tirar proveito das formações do adversário. Mas não posso deixar de falar que se o Guardians está 2-0 hoje é graças a defesa (além dos erros individuais de Leme). O próximo desafio é o Weilers no dia 15 de Maio e se o time de Barueri não entrar 100% ligado, o desafio será ainda maior.

3 - Moura Lacerda Dragons (1-0)

O básico que funciona. A equipe de Ribeirão Preto venceu sua partida seguindo essa mentalidade, salvo algumas situações onde o time usou de forma inteligente o melhor jogador da unidade: Klaus. O jogo corrido funcionou muito bem, seja com Marvyn ou Ronaldinho no backfield. A defesa teve um trabalho sólido e cedeu apenas um TD (o primeiro touchdown dos Indians veio por uma Pick Six). Acho que no próximo jogo poderemos medir ainda maia a unidade.

Uma questão que também precisamos ficar de olho é a situação dos QBs do Dragons. Renato e Matheus foram se alternando durante todo o jogo. Se isso é uma estratégia ou se Chico ainda não tem certeza de quem é seu número 1, só saberemos nos próximos jogos.

2 - Rio Preto Weilers (1-0)

Mesmo sendo uma das quatro equipes que só jogou uma partida, não tem como deixar o Weilers de fora do Top 2. Na vitória da equipe de Rio Preto contra o Ocelots, a defesa mostrou um ritmo muito forte nos quatro períodos, além de pequenos ajustes para limitar ainda mais o ataque adversário.

Do outro lado da bola, Cody assumiu de vez o papel como QB. Mas diferente de 2019, onde ele era mais um RB que podia passar a bola, o americano mostrou melhora nesse aspecto e ainda viu o ataque ter ajustes que favorecem o seu estilo de jogo. Minha única ressalva com o ataque na estreia foram as faltas, que minaram demais algumas campanhas da equipe.

O próximo confronto do Weilers na SPFL é o Leme Lizards, que teoricamente tem um ataque com mais identidade que o do Ocelots, então podemos ver a defesa de Rio Preto sendo colocada em situações que não pudemos ver na estreia.

1 - Guarulhos Rhynos (2-0)

"Como um relógio", é como podemos descrever o ataque do agora Guarulhos Rhynos. O setor aéreo mantém o ritmo de jogo que conhecemos há anos e conta com nomes que podem fazer TD a cada snap.  Catullo Goes sem dúvida é um dos melhores QBs do Brasil e mostra isso principalmente na forma de controlar todo seu ataque.

Acho que minha dúvida com o Rhynos ainda fica na defesa. Contra o jogo terrestre e gerando pressão ao QB adversário, a unidade mostrou um bom trabalho nos dois jogos. Porém, quando olhamos para a defesa contra o jogo aéreo, podemos notar alguns problemas. Contra o Indians, as duas interceptações não anulam que o time de Campinas conseguiu acertar pelo menos 20 passes no jogo. Outro fator que me preocupa são as jardas após a recepção, que também chamam atenção.

E aí, você concorda com o power ranking? Compartilhe com seus amigos e colegas e não deixe de comentar!


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