Créditos: Instagram do Jogador |
Após um ano desenvolvendo suas habilidades, será que 2020 será o ano de Duzão na equipe do Miami Dolphins? Perto de completar 28 anos, o brasileiro sonha em conseguir mais espaço em sua segunda temporada na NFL. Porém, com as movimentações da franquia da Flórida durante a offseason, com a chegada de veteranos e escolhas importantes no Draft, o cenário parece cada vez mais improvável. Vamos entender os motivos.
Chegada aos Dolphins
Antes da temporada 2019 da NFL, o Brasil recebeu uma grande notícia. Após Cairo Santos ser o primeiro brasileiro a participar em partidas da temporada regular, Durval Queiroz assinou com o Miami Dolphins e foi o primeiro jogador oriundo do FABR (futebol americano praticado no Brasil) a assinar com uma franquia. Revelado pelo Cuiabá Arsenal, ele participou do International Player Pathway Program, que incentiva as equipes a assinar com jogadores de outros países em troca de mais um lugar no elenco.
Originalmente, Durval jogava como DT, mas durante o Trainning Camp da equipe da Flórida, ele migrou para Guard. Todos os torcedores do Brasil ficaram curiosos sobre seu desenvolvimento e se seria possível ver Duzão em 2019. Infelizmente ele participou somente do minuto final da ultima partida da pré-temporada e após os cortes feitos pelo elenco, ele foi colocado no Practice squad.
Transição
Já não bastasse todas as dificuldades naturais para brigar pela vaga, a transição de DT para OG pode ser a maior delas. Duzão já provou ser um jogador muito atlético e vem postando treinos em suas redes sociais para melhorar ainda mais na linha ofensiva. Porém, estamos falando de uma mudança extremamente drástica em estilo de jogo, força, leituras e situações. O brasileiro disputa com jogadores que estão boa parte da vida atuando em algo que ele vem trabalhado a pouco mais de um ano.
Free Agency, peças no elenco e Draft
Como Guard, Durval pode jogar do lado esquerdo ou direito. Mas, pelo menos no papel, o lado esquerdo está totalmente fora de cogitação. Isso pois os Dolphins assinaram um contrato de três anos com o veterano Ereck Flowers, que teve um 2019 sólido e chega para ser a estrela da linha ofensiva. Outra movimentação foi a chegada de Ted Karras, que veio do New England Patriots. Ele chega para atuar como center, mas já atuou como guard e pode desempenhar a função bem.
No Draft, mais escolhas que podem diminuir as chances do jogador. Robert Hunt foi selecionado na segunda rodada e deve lutar para ficar com a vaga de guard pelo lado direito ou até mesmo como tackle. Na quarta rodada, o guard da Georgia Solomon Kindley foi o escolhido e também chega com muito potencial por uma vaga.
Dentro do elenco a situação é mais embolada. Em seu segundo ano na NFL e nos Dolphins, Michael Deiter é apontado como o titular para a posição de guard pelo lado direito. Porém, ele deve brigar com os novatos por seu espaço, além de Adam Pankey, Donell Stanley e Keaton Sutherland que já integram o atual elenco de Miami.
Muitos investimentos para apostar no brasileiro
Podemos analisar que a franquia da Flórida investiu em sua OL para 2020. Afinal, Tua foi a primeira escolha do time no Draft e deve ser o futuro da franquia que não tem um QB ídolo há décadas. Com todos os investimentos do time e desafios da transição de posição por parte do atleta, é difícil imaginar que ele tenha minutos em campo nesta temporada. Minha torcida é para que ele consiga se destacar durante os treinamentos e quem sabe atuar na pré-temporada, onde poderá mostrar todo seu potencial para os técnicos dos Dolphins e, quem sabe, para outras franquias que precisem de jogadores de sua posição.
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